Luto (in)finito: uma perspectiva teórica, clínica e política - (In)finite mourning: a theoretical, clinical and political perspective

21 janeiro, 2023

RESUMO: Este artigo busca, em um primeiro momento, analisar teoricamente a noção de luto encontrada em Luto e melancolia Freud, (1917 [1915]). Posteriormente, procuramos expandir a noção de luto acompanhando algumas críticas empreendidas por Christian Dunker (2019) e Jean Allouch (2004) em relação a alguns limites conceituais estabelecidos por Freud, apontados pelos autores supracitados. Para tanto, destacamos a categoria de infinito a partir da qual Dunker compreende o trabalho de luto, ou seja, como algo que não se chega a concluir de fato, e, por último, a função dos ritos sociais relativos a tal processo, destacados por Allouch, não apenas como algo fundamental, mas também como uma função que inviabiliza pensarmos o trabalho de luto como algo exclusivamente da ordem individual.  Palavras-chave: Luto, luto infinito, ritos sociais.

Bruno Magalhães de Aquino

Clarice Arantes Martin

 

Tanatologia e a qualidade de morte – Um estudo bibliográfico sob a ótica do psicodrama - Tanatology and The Quality of Death - A Bibliographic Study From Perspective of Psychodrama

21 janeiro, 2023

RESUMO: O presente trabalho foi elaborado a dois com dedicação a espontaneidade e implicação na construção de adequações possíveis de contextos com criatividade. Para este percurso, apresentaremos um levantamento bibliográfico envolvendo textos sobre os cuidados paliativos, tanatologia e Psicodrama. Serão utilizados registros de um caso do livro “Começando pelo Fim” sob autoria de Roberto Palmeira, diretor da Instituição não governamental ROPE/RJ, que trabalha com a realização de sonhos, resgatando a potência de vida de pacientes em cuidados paliativos desde 2017. O caso será abordado a partir da teoria psicodramática de Jacob Levy Moreno, a identificação dos desejos através dos conceitos da espontaneidade e criatividade; e percepção sobre a adequação da elaboração dos sonhos dos pacientes contemplados pela ROPE, em contexto tanatológico, que se encontram em cuidados paliativos. Sob a ótica do psicodrama, nos aproximamos e experimentamos diferentes papéis contextuais identificando scripts e conservas, bem como nos apropriando de nossas próprias espontaneidades e potencialidades criativas face às nossas angústias que permearam esta pesquisa, tendo em vista que, tomar como objeto de investigação o sofrimento e a perda nos deslocou e nos mobilizou a desdobramentos de emoções e sentimentos. Como considerações finais, foi percebido que ao estudar sobre a morte, o encontro com o novo e desconhecido se faz presente. Este novo olhar, novo estado, pode ser um corpo potente, enfermo, frágil, com vida ou sem vida. Ao falar sobre a morte, falamos de nós, pois o nascer e o morrer são estágios potentes e marcadores; assim como a vida e a morte. Percebemos a morte como espelho da vida.

Aline Mendonça do Carmo

Bruno Magalhães de Aquino Andréia Maria Thurler Fontoura

 

11 janeiro, 2023