Luto (in)finito: uma perspectiva teórica, clínica e política - (In)finite mourning: a theoretical, clinical and political perspective
RESUMO: Este artigo busca, em um primeiro momento, analisar teoricamente a noção de luto encontrada em Luto e melancolia Freud, (1917 [1915]). Posteriormente, procuramos expandir a noção de luto acompanhando algumas críticas empreendidas por Christian Dunker (2019) e Jean Allouch (2004) em relação a alguns limites conceituais estabelecidos por Freud, apontados pelos autores supracitados. Para tanto, destacamos a categoria de infinito a partir da qual Dunker compreende o trabalho de luto, ou seja, como algo que não se chega a concluir de fato, e, por último, a função dos ritos sociais relativos a tal processo, destacados por Allouch, não apenas como algo fundamental, mas também como uma função que inviabiliza pensarmos o trabalho de luto como algo exclusivamente da ordem individual. Palavras-chave: Luto, luto infinito, ritos sociais.
Bruno Magalhães de Aquino
Clarice Arantes Martin